O sexo é uma emoção em ação!
Muitas vezes o amor e a sexualidade não são partes integrantes dos prazeres da vida, mas se tornam sofrimentos, dores, vergonhas, vazios.
Confiar em um terapeuta especialista em Terapia de casal e de Terapia sexual sistêmica pode ser a modalidade para reelaborar a própria história de vida, experimentar novas modalidades de relações, dissolver os nós e readquirir a autonomia e o direito de ser amado.
No decorrer de vários anos como psicoterapeuta sistêmica, aconteceu em diversas ocasiões de ter pacientes que chegavam para fazer psicoterapia apresentando problemas ligados ao sexo. E quase sempre estas pessoas tendiam num primeiro momento a circunscrever a questão pela dimensão sexual, não levando em consideração a dimensão da relação com o parceiro e muito menos o significado relacional de tal aspecto.
É muito interessante no decorrer do processo terapêutico, explorar estes aspectos e ver como eles se entrelaçam profundamente com a problemática de caráter físico acompanhado ao sintoma, levando o mesmo paciente a ver a dimensão relacional subjacente ao seu problema, da qual é mais causa do que consequência sendo inserida no interior de um processo circular que, uma vez ativado, se autoalimenta.
No livro do alemão Dr. Ulrich Clement – Terapia Sexual Sistêmica, traduzido para o italiano, pela Dra. Teresa Arcelloni, é retomado o conceito que o sexo dentro da dimensão de casal frequentemente representa um ritual repetido e tendo a função de confirmar e manter a homeostase da relação.
Frequentemente a insatisfação sexual é uma pista do estado de saúde da relação de casal. Às vezes o sintoma pode aparecer em só um dos parceiros, mas é uma evidencia aparente e portanto o terapeuta deve ampliar contexto.
Pode haver dificuldades de comunicação, conflitos não resolvidos, expectativas não atendidas, insegurança; ou pode ter aumentado os fatores de stress, o trabalho, o casamento, uma gravidez, filhos crescendo, as pressões econômicas, o passar dos anos,e as consequências negativas estão concentradas no quarto de casal, apagando a paixão.
No transcorrer da terapia de casal, com pacientes que apresentam sintomas de caráter sexual é muito importante aprofundar os aspectos relacionais a esses ligados e conectar com a história da pessoa, a história afetiva e sexual, a história familiar, incidindo sobre as consequências relacionais do sintoma.
Para Clement, o desejo sexual nasce da diferença. É possível valorizar a diferença e não padronizar os diferentes desejos da sexualidade através de um “mínimo denominador comum
Frequentemente de fato, no interior de um casal não se dá voz a diversidade, enquanto muitas pessoas temem manifestar os próprios desejos ao parceiro por medo de perdê-lo.
Clement orienta os terapeutas de casais de entrar no terreno do desejo e do sexo, utilizando a bússola da disparidade do desejo e não da sua identidade, visto como uniformidade.
Segundo este autor, assim o foco da intervenção terapêutica é o desenvolvimento de diferentes perfis sexuais e das dinâmicas de relacionamento que deles derivam.
Mas a terapia sexual sistêmica pode ser também individual. A pessoa pode procurar o psicoterapeuta com questões acerca da sua própria sexualidade, sem estar em um relacionamento estável. As questões podem ser expandidas para o âmbito da dinâmica relacional da família de origem do paciente.
Durante a terapia sexual sistêmica, é importante auxiliar o paciente a também desenvolver uma visão sistêmica e assim conseguindo enxergar-se no centro de uma rede de relações, que de maneira mais ou menos significativa o influencia na sua problemática sexual, nas suas emoções e no seu estilo de vida.
Ter uma ideia sistêmica do sintoma, de qualquer maneira desvincula o paciente da linearidade interpretativa que frequentemente se fundamenta na psicopatologia ou em bases fisiológicas e genéticas do indivíduo. Isto aumenta de maneira significativa a possibilidade de sucesso terapêutico.
Texto organizado por: Jaqueline Cássia de Oliveira Psicoterapeuta Sistêmica - Belo Horizonte, MG
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